Dicas para aula
Os tempos mudaram, e com eles, muitas regras de comportamento social pré-estabelecidas há décadas atrás, deram espaço para a um modelo de conduta mais individual e informal. Todavia, os princípios fundamentais que ultrapassam as divisas do tempo e espaço permanecem – a educação e o respeito. O termo “etiqueta”, abaixo apresentado, é apenas um referencial de comportamento nos bailes e nas aulas de dança de salão.
A dança de salão é conhecida, em grande parte do mundo, por “Dança Social”, e como o próprio nome (social), já remete, é fundamental refletir sobre certos padrões que, quando desrespeitados, ferem as regras desse convívio coletivo. Ao assumir o papel de ‘cavalheiro’ ou de ‘dama’, é indispensável lembrar que qualquer descuido de conduta, certamente irá afetar, imediatamente, o parceiro ou parceira. Daí a importância de pensar, o todo momento, nos próprios limites e no bem estar do próximo.
Ética na dança de salão
Como se vestir ?
Nas aulas, fique à vontade, mas evite chamar mais atenção pelos seus trajes do que seu desempenho. Se você tiver facilidade no aprendizado ótimo, você será muito bem comentado, se tiver um pouco mais de dificuldade, melhor não chamar atenção por enquanto, não dos colegas de classe. Fique tranquilo (a) que o professor e os (as) assistentes estarão atentos pra te ajudar.
Já nos bailes, capriche na apresentação e lembre-se que alguns ritmos da dança de salão estão associados a belos trajes por conta da elegância de seus movimentos, enquanto outros, como o Forró, são associados à informalidade. Contudo nunca se esqueça que é da natureza humana admirar o belo, pense nisso!
Importante: Certas blusas de tecido sintético não são aconselháveis já que a evaporação fica comprometida e acumula o suor.
Lembre-se: Roupas limpas e bem passadas são sinal de cuidado e asseio!
Higiene pessoal
Na dança de salão, atividade em que estamos muito próximos e, na maior parte do tempo, abraçados aos nossos pares, é salutar e obrigatória a especial atenção aos aspectos da higiene pessoal.
Muitas vezes, no fervor da dança ficamos tão entretidos, que não percebemos o desconforto que proporcionamos aos outros. O odor causado pela transpiração excessiva, a camisa molhada, o mau hálito e muitos outros fatores, certamente causarão constrangimento aos demais e a nós mesmos quando percebemos o problema.
O banho é extremamente recomendável antes da aula ou do baile, assim como uma boa escovação dos dentes e o abuso do desodorante. Evite os perfumes, mas se fizer questão, use com moderação.
Para quem transpira demais, é ideal levar uma muda de roupa extra, para trocar durante a aula ou baile. Dançar com quem está com a camisa molhada de suor é desagradável aos parceiros (as).
Blusas que deixam as axilas descobertas para mulheres que transpiram muito também são desaconselháveis, pois podem causar desconforto para os parceiros que são obrigados a dançar com o braço em contato com a axila suada de parceira.
Para quem transpira excessivamente nas mãos, procure andar com um lenço e enxugá-las as vezes. Não pare no meio de uma dança para isso. Dirija-se ao toalete e lave-se frequentemente.
Ainda que não transpire, evite passar cremes não mãos antes de ir dançar.
Para a higiene bucal, não há nada de errado em carregar no carro ou na bolsa, escova e creme dental. As balas minimizam o problema, mas não resolvem. Mesmo assim, as balas são bem vindas.
Cheiro de álcool e cigarro não combina a dança, principalmente, caso não tenha um (a) parceiro (a) fixo (a). Se for o caso, procure um local apropriado para fumar e, logo após, abuse das balas. O mesmo se aplica depois de beber.
Nos bailes
Quando não conhece alguém que deseja convidar, observe se essa pessoa dança com outros pares e se está disponível para o convite.
Ao convidar alguém para dançar, procure usar frases educadas, seja cortês. Nada impede que as damas tomem a iniciativa, o convite não é mais exclusividade dos cavalheiros.
Procure não recusar o convite, a não ser que tenha um bom motivo. Afinal, sua presença no salão assim como dos outros, indica o desejo de dançar.
Inicie sua dança respeitando àqueles que já estão na pista e claro siga o sentido do baile. Procure não atravessar o salão e atrapalhar o deslocamento dos outros casais.
Se tiver dificuldades para deslocar-se por ser um dançarino iniciante, dirija-se ao centro do salão deixando as extremidades livres para os outros. Mesmo assim continue tentando não ficar no mesmo lugar.
Por outro lado “rodar o salão” não significa sair atropelando quem está na frente. Aguarde até que o caminho fique livre!
Procure não executar logo de cara, passos mais ousados, comece com movimentos mais básicos e evolua aos poucos sentindo o prazer de cada movimento, descobrindo os limites de seu par, principalmente quando não o conhece!
Respeite os limites de cada um e faça os passos comuns aos dois, ainda que sejam mais básicos, se forem executados da melhor forma possível, o prazer da dança estará garantido.
‘Sinta’ a música e nunca se esqueça que o bom dançarino executa movimentos com qualidade, independente de sua quantidade ou complexidade.
Espere sempre a música acabar antes de deixar seu par, dance até a última nota! Algumas delas têm ‘paradas’, portanto, não tenha pressa para se afastar.
Ao terminar sua dança, conduza a dama até seu local de origem a não ser que ela tome a iniciativa de ir para outro local. Mesmo assim acompanhe seu par até sair da pista.
Para as damas é importante que se deixem acompanhar. Não tenham pressa para se afastar.
Procure sempre agradecer pelo prazer da dança
Nas aulas
Grande parte das dicas descritas no item anterior, também pode ser aplicadas no ambiente de aula, lembrando que as orientações do professor têm força maior neste último.
Procure ser paciente no decorrer da aula, respeite a dificuldade de seus colegas e tome o momento como mais uma lição, afinal lidar com situações adversas faz parte do aprendizado, além de servir como simulação do ambiente de baile.
Caso se julgue prejudicado pelo mau desempenho de seus colegas de dança, fale com o professor ou seus assistentes ao final da mesma. Evite se desgastar com esse assunto. Temos profissionais prontos a tentar ajudá-lo (a).
Deixe do lado de fora seus problemas, o mau humor não é bem vindo. Por outro lado, a simpatia contribui para um ambiente agradável e confortante.
Lembre-se: Na Escola de Dança Rafael Thomé, aquele (a) parceiro (a) que lhe incomoda, fica com você até a próxima troca!
Lembre-se também: ‘Educação’, cabe em toda e qualquer situação!
Pare com isso!
Fazer passos difíceis com quem está iniciando, acabará intimidando seu par em vez de agradar e estimular.
Executar passos exagerados, espaçosos, agressivos num salão cheio, seja qual for sua intenção, será sempre arriscado e muito mal visto.
Não é bonito jogar a dama para cima, carregá-la no colo perto de outras pessoas que estão dançando ao seu lado. ‘Acrobacias’ de Rock, ‘pegadas’ de qualquer outro ritmo, nunca devem ser feitas num salão de dança social, não importa o que está tocando nem com quem está dançando.
Se o Rock, assim como o Lindy Hop, não são necessariamente sinônimo de ‘acrobacias’, imagine os outros ritmos.
Ensinar passos durante uma dança no baile é, no mínimo, indelicado. Primeiro, porque esse é um evento para se curtir. Existirem professores e locais apropriados para tanto. Além do que, dizer que seu par deve aprender certos passos é o mesmo que dizer que ele (a) não dança o suficiente.
Nunca culpe seu par pelos erros! Sorria, peça desculpas e siga em frente.
Cantadas, piadinhas ou agarrões durante a dança, são TERMINANTEMENTE PROIBIDOS quando não se tem intimidade pra tanto. A dama ou o cavalheiro disponível à dança não está, necessariamente, aberto (a) a certas insinuações. Não confunda as coisas!
Cuidado para não insistir em dançar muitas músicas seguidas com a mesma pessoa. Você pode não estar agradando! A falta de iniciativa de ambas as partes, pode ser o sinal de que a outra pessoa deseja dançar com outros pares.
Atenção
Os grandes dançarinos e dançarinas, não são medidos pelos passos. O importante é sua atitude, sua postura e o quanto podem tornar prazerosa a dança, para si mesmos (as) e para seus pares.